O funk gospel está se tornando uma grande ferramenta para o evangelismo e propagação a fé, sendo usado principalmente por igrejas neopentecostais, é o que revela uma reportagem da revista História da última semana. Segundo a publicação, o funk tem sido a arma do Projeto Vida Nova de Irajá, Rio de Janeiro, que está conquistando espaço na periferia ao promover bailes, shows, encontros com música.
Tal movimento objetiva fazer com que pessoas, principalmente jovens, se aproximem do Evangelho, diz Marconi Oliveira, líder da Juventude do Projeto e também um dos organizadores dos cultos de gospel funk na igreja.
No mês de novembro deste ano a denominação promoveu o primeiro Culto dos Funkeiros, na sede, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com participação de cantores de gospel funk, como LC Satrianny o evento reuniu quase 3 mil pessoas.
Durante o baile, além da música e a pregação do Evangelho, compartilhamento de experiências de vida também fizeram parte a programação.
“Nossa missão é resgatar vidas que não conhecem Jesus e trazê-las para esse caminho. Porque falamos isso de experiências próprias. Muitos de nós vivíamos nessa condição, de uma falsa felicidade. Curtimos funk, pagode, mas quando a gente chegava em casa, o vazio voltava. E temos a oportunidade de conhecer esse Jesus maravilhoso. Que nos consola, nos dá esperança e a vida acaba melhorando”, afirma Marconi.
Para o cantor LC, abreviação de Levita de Cristo, que já fez parte do grupo de funk Furacão 2000, “o Espírito Santo trata com cada um de uma maneira”, referindo-se ao uso do funk como forma de propagação da fé.
“O Espírito Santo trata com cada um de uma maneira. Comigo, foi assim: eu aceitei Jesus após passar por problemas seríssimos de ordem financeira, emocional. Tudo o que eu tinha acabou. Eu só queria ter um trabalho, formar uma família. Mas Ele tinha outros planos para mim, depois de um ano na igreja, veio a oportunidade de voltar a cantar funk”, lembra o músico.
O cantor ainda destaca a importância do trabalho das igrejas evangélicas nas regiões mais pobres das grandes cidades, possibilitando que jovens que estão “perdidos na vida", envolvidos com álcool e drogas conheçam a bíblia.
“Muitas vezes os jovens acham que para se converter, têm que ficar de terno. Se for para ficar de terno, vai ficar, mas pode usar um boné, tênis da moda, usa cordãozinho, tudo normal. Porque isso aí é mais para a sociedade ver. Quando Deus olha para nós, não está preocupado com isso. Eu costumo dizer que você pode se modernizar sem se mundanizar”.
Fonte: The Christian Post | Divulgação: Midia Gospel